terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

QUETZALCÓATL




Deus pássaro-serpente ou serpente emplumada da América Central. Além de deus que morria e renascia foi um grande monarca da civilização.
O nome de Quetzacóatl combina “pluma de cauda” com “serpente”, o que ressalta a sua complexa natureza. É o céu e a terra, a luz e a escuridão, a vida e a morte.
Governante tolteca semi-legendário é quase certo que Quetzalcóatl foi um rei-sacerdote. Parece que, como se entregou à embriaguez e à sensualidade, simulou a sua própria morte, abandonou a capital tolteca e atravessou o mar.
Em 1200, o Império dos toltecas, cujo centro se encontrava na planície mexicana, estava em ruínas, mas ainda persistiam recordações de um grande governante que tinha incendiado o seu palácio, enterrado os seus tesouros e partido para o mar, luzindo a sua insígnia de penas de cauda.
Posteriormente, Bernardino de Sahgún escreveu na História das coisas da nova Espanha: “Na cidade de Tollan durante muitos anos reinou um soberano chamado Quetzalcóatl. Foi um governante de extraordinária virtude e o posto que este monarca ocupa entre os nativos é semelhante ao que os ingleses designam ao rei Artur.”
É possível que, como ARTUR, Quetzalcóatl embarcasse em uma balsa de serpentes rumo a um país encantado. Talvez também atravessasse o mar até a Península de Yucatán e morresse, talvez queimado em uma pira como a ave fênix. Para dizer a verdade, os maias que habitavam a região consignaram em 987 a chegada de Kukulcán. “a serpente emplumada”, e o estabelecimento de um novo Estado.
Os astecas, que governaram a planície mexicana desde os princípios do século XIV. Consideraram-se sucessores de Quetzalcóatl a fim de justificar o seu estado militar. No entanto, exageraram a prática tolteca dos sacrifícios humanos e converteram o culto da serpente emplumada em um dos mais sanguinários da história dos índios da América Central.
Cada ano os astecas sacrificavam centenas de guerreiros a Quetzacóatl a fim de que o deus renovasse as suas forças e a sua virtude. No caso do deus, a bebida criou uma ânsia insaciável de morte, ao que finalmente sucumbiu, atravessando o oceano sobre uma serpente para chegar a Mictiam, a Terra dos mortos.
Em 1519-1521, o conquistador espanhol Hernán Cortés aproveitou a profecia segundo a qual um dia a serpente emplumada retornaria do mar e reclamaria o seu trono. O rumor do regresso de Quetzalcóatl inquietou tanto o imperador asteca Montezuma que encheu de presentes o templo de Mictlantecuhtli, incluídas as peles de homens esfolados, e ansiou que a paz dominasse o reino do deus da morte.

(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor laureado e autor de livros publicados; jornalista profissional de mídia impressa; poeta, publicitário e editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que possa acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)

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