terça-feira, 11 de maio de 2010

ENSAIO SOBRE A IDADE MÉDIA


O clima denso e tenso da Idade Média sempre me encantou: os contrastes sangrentos, a vida dos camponeses e dos senhores feudais, as catedrais góticas, as cruzadas, o clero, os templários, os rosacruzes, os cátaros, a sociedade occitânica, a corte, os mosteiros, a pestilência, os sacrifícios e sofrimentos, as trevas, a luz e o sangue derramados por quase mil anos.

Gosto de poemas e livros em que os costumes, as cenas criam-se com objetos, utensílios, palavras e expressões que poderiam estar ligadas à Idade Média, os filmes de época é um exemplo vivo. Pesquisei num livro de história: teares; moinhos; moringas; batedores; espadas; armaduras; hastes secas de linho; rebanhos e pastores; pátios de castelo; ervilhas, lentilhas e feijões; arado; “chuvas de abril”; falcões; panos de lã; couro de Córdova; pastéis de cotovia; alfaiates; boticários, ourives e monges.

Sinto um clima assim no poema “A Hóspede”:

Não precisa bater quando chegares.
Toma a chave de ferro que encontrares
sobre o pilar, ao lado da cancela,
e abre com ela
a porta baixa, antiga e silenciosa.
Entra. Aí tens a poltrona, o livro, a rosa,
o cântaro de barro e o pão de trigo.
O cão amigo
pousará nos teus joelhos a cabeça.
Deixa que a noite, vagarosa, desça.
Cheiram a relva e sol, na arca e nos quartos,
os linhos fartos,
e cheira a lar o azeite da candeia.
Dorme. Sonha. Desperta. Da colméia
nasce a manhã de mel contra a janela.
Fecha a cancela
e vai. Há sol nos frutos dos pomares.
Não olhes para trás quando tomares
o caminho sonâmbulo que desce.
Caminha – e esquece.

Mas o que mais me atrai na Idade Média é a visão mística da natureza humana e do seu lugar no cosmo, a vida terrena concebida como uma perigosa viagem da alma, o mundo anímico tão real quanto o mundo físico, a luta de cada dia para se preparar o destino da alma. Esse sentido maior de que nossa vida aqui é uma peregrinação num vale de lágrimas, onde somos assaltados por demônios tentadores, inimigos terríveis de enfrentar. Essa travessia só pode ser segura pela esperança e pelas orações e vigílias. Dessa forma chegaremos ao Paraíso descrito por Dante em sua “Divina Comédia”, o maior poema medieval: “Vi reunidos, ligadas pelo amor em um só volume, as folhas dispersas de todo universo” (Alighieri, 1993:331).

Neste ponto da perigosa travessia não posso deixar de associar ao “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa. O sertão é o mar, é o mundo, é a vida. Riobaldo, na sua longa narrativa de vaqueiro e jagunço é cada um de nós, atolado em dúvidas morais e metafísicas, lutando na própria consciência contra as forças de Deus e do Diabo. O estilo surpreendente de Guimarães Rosa misturando palavras inventadas, expressões da linguagem popular e erudita, neologismos, arcaísmos, procedimentos importados de outros idiomas recria a língua portuguesa, nesse “tom medieval” que relembra objetos e valores passados com fortes tintas poéticas como nestes trechos:

“A gente viemos do inferno – nós todos – compadre meu Quelemém instrui. Duns lugares inferiores, tão monstros-medonhos, que Cristo mesmo lá só conseguiu aprofundar por um relance a graça de uma sustância alumiável, em que as trevas de véspera para o Terceiro Dia.”

“E aquela gente gritava, exigiam saúde expedita, rezavam alto, discutiam uns com outros, desesperavam de fé sem virtude – requeriam era sarar, não desejavam Céu nenhum.”

“Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver – a gente sabendo que ele não existe, aí é que ele toma conta de tudo” (Rosa, 1983).

Das figuras medievais a que mais me toca é Joana D’Arc, heroína da resistência francesa, camponesa devota, “chefe de guerra” que intimou os ingleses a lhe entregarem as chaves de todas as cidades francesas em seu poder. Traída, foi queimada viva como herege e feiticeira.

Está claro que quando falo em “Idade Média” não estou me referindo exclusivamente a um período espacial, temporal, mas a um certo “clima”, valores, lembranças e imagens insondáveis do passado, retidos há séculos nas Asas da Memória, no inconsciente coletivo. Esse “clima”, ao contrário, faz com que não existam delimitações espaciais ou temporais, tudo poderia ter acontecido ontem ou estar acontecendo agora, em qualquer parte do universo. Nessa região de neblina mágica é que desejo entrar para revigorar o meu exercício literário.

(EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, poeta e ensaísta literário; copidesque e editor.)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PÁ/LAVRA


Uma palavra contém muitas. Há pá, instrumento de remover terra; PA, sigla do estado do Pará; e pã, divindade pastoril. Pala é leque e encerra ao menos quinze significados: peça de boné militar, parte do vestuário e do sapato. Lavra é área de mineração.

Palavra implica pal, abreviatura de “Pahse Alternate Line”, sistema de transmissão de imagens coloridas; e la, símbolo do lantânio; e va, de “volt-ampere”, e vã, o que nenhuma palavra é em si, a menos que equivocadamente verbalizada.

Palavra se faz com uma só vogal, a, primeira letra do alfabeto, e mais quatro consoantes. Há muitas palavras – a de Deus, a de honra, a do rei, que não volta atrás, e a que se dá para firmar um compromisso ou promessa.

Palavra contém ala, que tem a ver com fila ou parte de uma construção, e também ar, sem o qual não se pode respirar. E dela se obtém varal, lapa, ara, vala, para e par. E também sentidos, significados, conceitos. Palavra tem mais valor quando entremeada de silêncios. Derramada assim, de boca aberta, esvai-se. Comprida nas ânsias, é pura angústia, faz mal. De bom é o que não se fala entre uma palavra e outra. Então, sossego. Expectação. E vem a palavra, inaugurando o mundo. Plena de vida.

As palavras pesam. Talvez porque seja a mais autêntica invenção humana. Os papagaios não falam, apenas repetem. Não escapam de seus limites atávicos. O olho é a fonte da visão, como o ouvido, da audição. A língua facilita a deglutição, como a traquéia, a respiração. No entanto, a ânsia de expressar-se levou o ser humano a conjugar mente e boca, órgão da respiração e da deglutição, para proferir palavras.

“No princípio era o Verbo”, reza o prólogo do evangelho de João. Deus é Palavra e, em Jesus, ela se faz carne. Unir palavra e corpo é o profundo desafio a quem busca coerência na vida. Há quem prime pela abissal distância entre o que diz e o que faz. E há os que falam pelo que fazem.

A palavra fere, machuca, dói. Dita no calor aquecido por mágoas ou cólera, penetra como flecha envenenada. Ofusca a vista e instaura solidão. Perdura no sentimento dilacerado por um tempo que parece infinito, na mente atordoada pelo jugo que se impõe. Só o coração compassivo, o movimento anagógico e a meditação, que livram a mente de rancores, são capazes de imunizar-nos da palavra maldita.

A palavra salva. Uma expressão de carinho, alegria, acolhimento ou amor, é brisa suave a reativar nossas melhores energias. Somos convocados à reciprocidade. Essa força restauradora da palavra é tão maravilhosa que, por vezes, a tememos.
Orgulhosos, sonegamos afeto; avarentos, engolimos a expressão de ternura que traria luz; hipócritas, calamos o júbilo, como se deflagrar vida merecesse um alto preço que o outro, a nosso parco juízo, não é capaz de pagar. Assim, fazemos da palavra, que é gratuita, mercadoria pesada na balança dos sentimentos.

Vivemos cercados de palavras vãs, condenados à incivilização que teme o silêncio. Fala-se muito para se dizer bem pouco. Fazem moda músicas em que abundam palavras e carecem de melodias. Jornais, revistas, TV, outdoors, telefone, correio eletrônico – há demasiado palavrório. E sabemos todos: não se dá valor ao que se abusa.
O silêncio não é o contrário da palavra. É a matriz. Talhada pelo silêncio, mais significado ela possui. O tagarela cansa os ouvidos alheios porque seu matraquear de frases ecoa sem consistência. Já o sábio pronuncia a palavra como fonte de água viva. Não fala pela boca, e sim do mais profundo de si mesmo.

Guimarães Rosa inaugura “Grandes Sertões, Veredas” com uma palavra insólita: “Nonada.” Convite ao silêncio, à contemplação, à mente centrada no vazio, à alma despida de ilusões. Não nada. Não, nada.

Sabem os místicos que, sem dizer Não e almejar o Nada, é impossível ouvir, no segredo do coração, a palavra de Deus que, neles, se faz Sim e Tudo, expressão amorosa e ressonância criativa.

(Eugenio Santana – Copidesque.)

domingo, 2 de maio de 2010

REDE DE RELACIONAMENTOS VIRTUAIS: A IMPRESSÃO É DE QUE AMIGOS SÃO OBJETOS DESCARTÁVEIS


As redes de relacionamento são gêneros digitais criados para suprir necessidades exigidas pelas maneiras virtuais de agir. A vida torna-se impossível sem as novas tecnologias. É engraçado como esquecemos que antes vivíamos sem a comodidade proporcionada por elas. Essas novas tecnologias implicam uma necessidade antes impensada: relações virtuais tornam-se cada vez mais úteis numa realidade que exige uniões imediatas e rapidamente descartáveis. A sensação é de que amigos são objetos descartáveis, com prazo de validade. Construímos relações cada vez mais frágeis e efêmeras. A procura da felicidade e pelo bem-estar norteia a garantia individual de satisfação. O diálogo virtual adquire características semelhantes à interação face a face, real: funciona como uma atividade comunicativa diária, muitas vezes com o poder de estreitar o vínculo de intimidade, pela liberdade de tornar ausente o corpo. A linguagem é parecida com a oralidade, o que propicia liberdade de expressão, menor tensão e informalidade, como nas interações face a face.

A comodidade que se obtém com a internet facilita vínculos. Por serem fragmentados, voltados a objetivos específicos, os amigos virtuais se prestam a contatos direcionados. Podem ou não ser substituídos por outros, se uma necessidade não existe mais. Essa condição é reforçada por um cotidiano estressante, em que as pessoas estão escravizadas pelo relógio, pelo tempo. Soluções rápidas são desejadas e essas amizades virtuais são práticas. Se um amigo não está disponível quando eu necessito, outro estará. Os relacionamentos são formados pela conveniência mútua. Não há problema, hoje, em nomear como amigo um contato virtual, porque a amizade não possui um conceito único. Ela serve às demandas múltiplas e se constitui por essa variedade de interesses de ambas as partes, numa relação de troca. Os amigos virtuais são tão amigos – ou até mais – que os reais, porque não haver contato com o corpo do outro facilita a confissão de desagrados ou tabus. Amigos reais e virtuais convivem nesse território ambíguo de relações cada vez mais tênues. É fato que sair de um relacionamento virtual é mais fácil do que se desligar de um real. Higienizar relacionamentos por meio de um clique é mais simples.

A globalização aproximou as distâncias geográficas e ampliou o conceito de amizade. Amigo é provisório. Depende da utilidade que satisfaz um período de tempo. Os famosos fakes, identidades falsas e inventadas, não têm cara. Contudo, podem ser amigos, um número a mais na rede de relacionamentos. O número de amigos numa rede de relacionamentos é, para muitos, o termômetro da simpatia. Daí a justificativa para o jogo de adicionar amigos, ainda que estes desconhecidos. Um jogo de sensação de equilíbrio é desejado: se um amigo se afasta, ou se é descartado, outro é buscado, mesmo que seja para outra finalidade.

(Jornalista Eugenio Santana.)

terça-feira, 20 de abril de 2010

HOMENAGEM-DESPEDIDA AO EDE E O NOSSO PROJETO ECOLÓGICO SOLAR DOS PÁSSAROS


“É na Floresta e não nos livros que encontrarás a Vida Superior.”

A revista “PEOPLE”, de Goiânia, chegou-me às mãos através de minha caixa postal 159, na agência central dos Correios de Anápolis. Pela primeira vez esta publicação que é pura excelência - no gênero, em Goiás - não foi bem-sucedida em seu comentário pífio, em detrimento de uma personalidade tão atuante, querida e brilhante.

Encontrei perplexo, à página 44, na coluna “Caminho das pedras”, uma ínfima nota divulgando o falecimento do meu caríssimo amigo EDE - Edgar Miller - gaúcho de Novo Hamburgo e que adotou Pirenópolis, como “seu lugar no planeta blue”, há mais de 25 anos.

Ontem – à tarde chuvosa típica do período natalino - surpreendeu-me com incontidas e intermináveis lágrimas. Lá fora chovia a cântaros, numa cachoeira, transformou-se o meu rosto. Lembrei-me da figura humana expressiva e singular do EDE. Puro idealismo. O John Lennon de Pirenópolis. Fundou a sua querida Comunidade Alternativa, sonho holístico do III Milênio, que todos conhecíamos por FRATER; “FRATERUNIDADE do Vale Dourado”, um pequeno shangri-lá encantado e mágico, há exatos 7 km do centro histórico da cidade mais interessante do estado. Antes do portal de entrada a ponte sobre o Rio das Almas, contempla-se, em êxtase, as águas cristalinas e transparentes com milhares de peixinhos visíveis.

Em volta da sede principal – a casa do Ede – ele construiu umas oito casinhas pra receber os amigos que visitavam a Frater. Oportunamente, hospedei-me numa destas casinhas aconchegantes umas três vezes.
Numa dessas ocasiões tive o privilégio imperdível de ouvir o Ede tocar sua cítara, no templo ecumênico, que ele ergueu no local, e sua bela voz, infinitamente serena, cantando Mantras indianos, que tocaram fundo o meu coração...

Como Jornalista e Escritor e leal amigo, não poderia deixar de registrar este pequeno réquiem, visto que, lamentavelmente não pude ir ver o Ede pela última vez, porque só soube através da revista People, e, portanto, não fui informado - como diríamos nós, os rosacruzes – de sua transição.

Foi um dos fundadores da Rádio Clube Jornal Meia Ponte, aonde mantinha um programa semanal, e a última vez que nos vimos lá, ele disse-me cheio de orgulho: - “Eugenio, leio com freqüência seus belos textos do livro que me deste, o seu querido “Florestrela”.

Ede se foi e deixou um imenso vazio, milhares de amigos e admiradores, entre os quais me incluo humilde e solenemente.
Inesquecíveis Asas de Saudade, meu caro amigo EDE! Que a Eterna Luz da Sabedoria Cósmica o ilumine no Plano Infinito. Paz e Luz, fráter! Maktub. Namastê. Até a próxima. Até breve. Até sempre! Assim seja! ADEUS, EDE, AH, DEUS!

Meu sonho de consumo ou projeto visionário e utópico consumista é tão-somente disponibilizar de numerário suficiente, ou esperar que caia do céu, afinal sou um otimista de carteirinha e quem me conhece sabe perfeitamente que CREIO EM MILAGRES! Já que coleciono dois através da minha devoção fervorosa e convicta em SÃO JUDAS TADEU – primo de JESUS – e pra quem não sabe vai aí uma informação inédita: São Judas Tadeu é o Santo de devoção – embora místico e esotérico – do grande escritor Paulo Coelho e do C.R. FLAMENGO!...

Voltando ao tema: meu único e magnífico e ecológico sonho de consumo é: pura e simplesmente adquirir um sítio – que por sinal já tem nome – “SOLAR DOS PÁSSAROS” cuja localização deverá ser no interior de Minas Gerais, Mato Grosso ou Goiás. Será como um santuário de preservação dos pássaros, visto que, desde tenra idade eu AMO OS PASSARINHOS de todas as plumagens, espécies e portes. Muito provavelmente, terei que viajar muito para adquiri-los, obviamente, com autorização do IBAMA para o interior da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Acre, Rondônia, Amazônia etc.

Meu sítio “Solar dos Pássaros” avalio, não necessita de uma área superior a 90 hectares; imprescindível que disponha de muita árvore, uma reserva florestal de pelo menos cinco alqueires e, principalmente, muita água corrente, cristalina e pura. A propósito, por acaso algum colega escritor conhece alguma “escola técnica” formadora de “ORNITÓLOGO”? Favor informar-me via correio eletrônico, ok?

Concluo com um convite: assim que realizar concreta e efetivamente o meu SONHO AZUL DE CONSUMO, fica oficiosamente combinado que o “Solar dos Pássaros” será, doravante, o local de re (encontro) de todos os amigos amantes do belo: artistas-plásticos, escultores, músicos, filósofos, poetas, pensadores, escritores, jornalistas e ambientalistas, esses “bravos guerreiros da Luz e da Consciência Cósmica: holísticos do 3º Milênio”, companheiros do vôo-utopia rumo à renovada “alquimia do Verbo”.

(Eugenio Santana é escritor, poeta jornalista e místico Rosacruz.)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

EU SOU UM NÚMERO 9


Sabedoria. O 9 é o Número da compaixão. É o último dos Números e acumula a experiência de todos os outros. Idéias novas sempre brotam na cabeça das pessoas que estão sob a vibração dele. São idéias voltadas o Bem, em especial dos outros. O 9 é assim: trabalha, trabalha, realiza, e no final dá tudo para os outros. Bobo? Mas, afinal, o que é ser bobo? O 9 se realiza ao saber que está fazendo alguém feliz.
Sua Sabedoria faz deste “bobo” um nobre na arte de viver. Sente-se motivado com o êxito dos seus feitos, contudo não se importa se não é elogiado, pois a gratidão pode estar por trás de um simples olhar ou do mais inocente sorriso.

Um amigo está com problema e não tem dinheiro? Há uma creche precisando arrecadar fundos? Quando tudo parece perdido, o 9 surge e cria uma solução que ninguém imaginou. Suas idéias acabam vingando e dando certo. É o salvador da pátria. E tem mais um detalhe que torna o 9 definitivamente diferente dos números anteriores: faz tudo por AMOR, sem esperar nada em troca. Mas se não tomar cuidado o 9 pode se envolver tanto na solução dos problemas dos outros que acabará deixando a si próprio e sua família em segundo plano. Portanto, suas principais características são o Amor pelo próximo, compaixão, sabedoria, espiritualidade, altruísmo, desapego a bens materiais, criatividade, solidariedade.

O 9 traz a generosidade e o espírito humanitário desenvolvidos ao longo das suas vidas passadas. Ficou sempre à disposição dos outros, colocando seus próprios assuntos em segundo plano. Aprendeu a se doar em favor da comunidade ou daqueles que mais estima. Abraça uma causa humanitária, dando não só seu afeto como também seu conhecimento e experiência. Explora sua capacidade em circunstâncias onde pode ser generoso e onde pode usar os seus talentos criativos.

É visto como alguém com talento especial, com um desejo de ajudar todos sem esperar nenhuma recompensa. É desprovido de qualquer pré-conceito. As pessoas o reconhecem pelo seu espírito solidário e afetuoso; luta não só pelos seus ideais, mas também pelo dos outros. É persistente, energético e determinado. A sua MISSÃO estará focada na transmissão de sabedoria.

Terá sucesso se aproveitar as oportunidades que surgirem, atuando em organizações de proteção ao Meio Ambiente ou como professor, líder religioso, veterinário, jornalista, escritor, enfim, você possui muitos talentos nas mais diversas áreas.

*(Eugenio Santana, FRC – escritor Rosacruz; numerólogo, místico Iniciado 9º G, Editor, Publicitário, Copy-Desk, Jornalista e Relações Públicas; fundador do jornal “Verbo-Pássaro”, colaborador/cronista de jornais de Goiânia e Anápolis, tais como: “ANNAFOLHA”, “TRIBUNA DE ANÁPOLIS” e “JORNAL OPÇÃO”, entre outros.)

sábado, 10 de abril de 2010

COMO A FILOSOFIA MUDOU A MINHA VIDA?


Como a filosofia mudou a minha vida? Não sei, visto que, estou ligado à Ordem Rosacruz, AMORC, a partir dos 22 anos. Confesso que eu não conheci outros caminhos, exceto quando li, aos 11 anos, Platão, Sócrates, Aristóteles, Spinoza, Nietzsche e Cioran, entre outros. Reconheço que os estudos das monografias iluminaram minha vida, que pautada pelo Código de Ética Rosacruz, jamais precisei apresentar justificativas, mormente quando me apresentava no Sanctum Celestial ou Shekhinah.
Continuo auxiliando na luta contra os tradicionais inimigos da Ordem: o fanatismo, a ignorância o pré-conceito e a superstição. Utilizo um dos predicados que o Criador concedeu-me, junto com todos os seres humanos, o livre-arbítrio, não só para ter alegria no viver, mas também para, espontaneamente, agilitar meu autoconhecimento e, assim, poder ser útil na evolução da humanidade. Enfim, sou e espero continuar a merecer o privilégio de permanecer como um leal soldado da Ordem Rosacruz, AMORC. (Eugenio Santana, FRC.)

sexta-feira, 12 de março de 2010

RAMEFLETELUZ...


Esta chave abre Rama e com ela você penetra nos segredos de Rama, que são infinitos. E, de acordo com sua evolução, você colhe os seus conhecimentos e alivia suas vidas futuras e, assim, sobe na escala da evolução do ser em si com maior facilidade, visto que, como estamos aqui neste planeta-escola para aprender com esta chave que abre o mundo mental, entramos nele e aprendemos através da viagem Astral, sem ser preciso vivenciar no mundo material para aprendermos e subir em nossa escalada evolutiva.
Por isto é que só uma porcentagem pequena toma contato com esta chave e penetra realmente em Rama, pois a porcentagem maior ainda não está preparada para este conhecimento, e se distrai vendo miragem à sua própria volta e no seu dia-a-dia. Mas fizeram contato e sabem que a chave existe, contudo ainda não estão à altura de pô-la na fechadura e ter a força necessária para fazê-la girar e abrir Rama. (Místico Rosacruz, jornalista e escritor EUGENIO SANTANA, FRC – Fragmento/Copy-Desk.)

domingo, 7 de março de 2010

UM POEMA PARA INGRID (*)


Espaços, Ingrid.
Enormes espaços do coração.
Uma vontade louca e desesperada
de abraçar a vida,
e a vida não é vida
sem ti, Ingrid.
Minha vida é órfã;
é fruto perecível
sem ti, Ingrid.
Sou a quimera
de sonhos dispersos e alados,
primavera sem cor,
sem flor, sem festa de beleza para os olhos.
O tempo insaciável e inexorável,
fluir inútil desses anos, abandonado.
Resta-me o imenso espaço vazio.
O cósmico pensamento voa célere,
rumo às estrelas, à Lua, ao Sol;
à Vênus – ao infinito de mim mesmo.
Onde estiveres e andares
estarei dentro de ti.
Estarei em nossa janela,
estarei em nosso jardim:
espelho vibratório de nossas almas azuis,
de nossas vidas ávidas.
Onde estiveres:
estarei em teu sorriso,
e no teu coração, Ingrid.

(Eugenio Santana, FRC.)

(*) Fonte: extraído do livro “ASAS DA UTOPIA.”
- Santana Edições, Brasília-DF, 1993, página 81.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

DAS FLORES




Sinto muito pelas flores
que nunca lhe dei, mãe.
Guardo apenas nas asas do coração
o perfume inigualável
dos seus cabelos grisalhos.
O beijo na testa
a bênção diária
seus cuidados;
seus passos pássaros
e o extremado zelo
pelo jardim.
Rastro de astro e o espaço
do beija-flor;
o cheiro da madressilva em minha janela
e a exótica flor-estrela no alpendre,
saudando os mistérios da noite.
Perdoe-me, mãe, por te amar tanto assim...
asas do infinito preenchendo minhalmalada.
Na voragem da distância, mãe, essa saudade tem nome:
Amor.

(Eugenio Santana)

Rio, 08/09/09 – Largo da carioca.
(para Adília Santana “das flores”)

BREVE SUSSURRO DO VENTO




A renúncia, a resignação e a tolerância ante fatos e acontecimentos surpreendentes que contrariam nossos objetivos e aspirações também são, no espaço e no tempo, um Gesto de Amor.
As flores que a vida se incumbiu de esculpir em nosso rosto desfigurado, florescem como pétalas de rosas-vermelhas em nosso eu interior. Coração e alma fundem-se no mesmo regozijo.
Ao longo das vivências nos caminhos da vida, viajante no tempo, não consegui, ainda, detectar nenhum cirurgião-plástico das cicatrizes da alma e do coração.
O homem é um ser dual. A condição humana é frágil e mutante. E, maravilhosamente cósmica. Existe a polaridade intercalada de luminosidade e escuridão. Há espaços para o paradoxal. Discernimento é o ponto de mutação, o divisor de águas. O encontro de idéias, a revelação de metas.
O yin e o yang coexistem pacificamente. São imprescindíveis entre si; interligam-se, polarizam-se, completam-se em opostos ângulos.
A vastidão do mar em sua beleza transcendental nos proporciona uma aprazível sensação de quietude, paz e serenidade. Não raro, aguçamos vivamente nossos sentidos objetivos e nos comunicamos com o Ser Supremo, através da sinfonia sussurrante, mistura de sal, água, espuma, brisa, vento e maresia.
A experiência humana consiste, essencialmente, na dualidade onipresente na natureza do ser, nas coisas imutáveis e imperecíveis. Não existe perfeição e plenitude entre o céu e a terra. É necessário estarmos preparados para a aceitação dos focos de luz e do negro véu das sombras para atingirmos uma etapa mais elevada de sabedoria e amor que resulta na paz profunda.
O ser humano vive um espaço-tempo mínimo, nele questiona e absorve experiências vitais ou não... E não há regra geral de princípio, meio e fim, ao longo do aprendizado. Às vezes retrocedemos, outras avançamos na escalada da incerteza e da purificação. Ninguém, até hoje, teve convicção de tudo que nos cerca, deprime, surpreende e angustia, definitiva e verdadeiramente.
Somos, portanto, buscadores atemporais e seguidores eventuais de uma suposta felicidade plena. Alguma dúvida, sem sombra de dúvida, há de acompanhar nossos rastros no tempo em todas as estradas, até a última morada: refúgio definitivo e insofismável de cicatrizes e ossos e, depois, cinzas na dança ao vento...
Crescemos psíquica e fisicamente. Encontramos o caminho da mesma maneira que o perdemos quase inteiramente. Necessário se faz acreditar nos raios bruxuleantes da aura que envolve e une os seres, viabilizando insólitos contatos. Chegadas e partidas...
Em qualquer altiplano a nossa personalidade-alma encontra eco e obtém sinais reveladores. Impregnados da essência da realidade somos conduzidos para a mística que visualiza os fragmentos da utopia que compõem a valsa da vida, a dança ao vento, e a face silente e diáfana do "viver em harmonia na fonte da Luz", que expulsa e elimina qualquer resquício de sombra.

(Eugenio Santana, FRC.)